foto do tigre do jogo Dupla de protagonistas de 'Assassin's Creed Shadows' tenta salvar futuro da Ubisoft

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"Assassin’s Creed Shadows" quer ser a experiência definitiva de "Assassin’s Creed". Se apoiando nas fórmulas de sucesso do passado， a Ubisoft busca agradar todos os tipos de fãs de uma das mais bem sucedidas séries de games da história. Um passo conservador， condizente com o momento conturbado que a empresa atravessa.

Após uma série de tropeços em 2024， a desenvolvedora francesa encontra-se em situação delicada. No início do ano， foram anunciadas diversas medidas de contenção de gastos， incluindo a possibilidade de uma futura venda de parte de seus negócios. É nesse contexto， e cercado de muita expectativa， que o lançamento de "Assassin’s Creed Shadows" se aproxima.

A série， conhecida por recriar com fidelidade locais e momentos históricos， finalmente leva os fãs ao Japão feudal， um dos cenários mais requisitados ao longo dos 18 anos da franquia. A convite da Ubisoft， joguei o game por cerca de três horas e meia em um evento virtual para a imprensa e experimentei o que os jogadores sentirão quando entrarem na pele de Naoe e Yasuke， a dupla de protagonistas.

Representando dois arquétipos tradicionais da cultura japonesa --o ninja (Naoe) e o samurai (Yasuke)--， os protagonistas recriam dois estilos diferentes de controlar os heróis da série "Assassin’s Creed".

Naoe aproxima o jogador do gameplay tradicional da série， presente nos títulos até "Assassin’s Creed Syndicate" (2015). Com menos pontos de saúde e ataques mais fracos， o jogador precisará apostar principalmente na furtividade e na estratégia para superar seus inimigos.

Quando o combate corpo a corpo for inevitável， é importante agir com paciência e inteligência. Vale abusar dos movimentos de esquiva e dos ataques de longa distância com shurikens --as famosas estrelas ninjas.

Além de ser uma exímia escaladora， Naoe pode usar um gancho para alcançar o teto das pagodas japonesas， ferramenta essencial para infiltrações silenciosas.

Por outro lado， jogar com Yasuke é uma experiência semelhante à dos últimos games da série， em especial aqueles lançados após "Assassin’s Creed Origins" (2017). Nessa segunda fase da franquia， os títulos ganharam elementos de RPG e deixaram a furtividade em segundo plano.

Mais resistente e forte que Naoe， Yasuke leva vantagem nos confrontos diretos. Suas armas são capazes de destruir armaduras com facilidade e， com saúde extra， são necessários diversos inimigos para derrubar o samurai --é quase um "hack-and-slash".

Se mover pelo mapa também é bastante diferente dependendo do personagem escolhido.

Enquanto Naoe é capaz de cortar cidades rapidamente pelos telhados， Yasuke mal consegue escalar uma parede --tentar fazer um tradicional Salto de Fé ("Leap of Faith") com ele， então， resulta em situações cômicas. Por outro lado， o samurai se dá melhor quebrando portas de madeira que tentam bloquear o seu caminho.

Com qualidades distintas， cada protagonista acaba sendo mais indicado para um tipo de missão. O jogador fica livre para escolher qual deles irá escolher --exceto em alguns poucos momentos em que a história do jogo determina.

Nas missões principais， o jogador é convidado a selecionar qual dos heróis irá utilizar em vários momentosfoto do tigre do jogo， o que permite mudar o tipo de abordagem. Nesses casos， cada personagem segue por um caminho e eventualmente se reencontram em pontos chaves.

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